terça-feira, 1 de maio de 2007

Uma olhadinha na calcinha da brincante

Trecho do meu livro: "Embrulhos" a ser publicado assim que der...

          Novamente ela caiu... Três vezes escorregara bem em sua frente, de forma tal a expor-lhe o máximo possível dos fundilhos. Tudo bem que a grama estava molhada e os demais brincantes também escorregavam e caíam, mas não na freqüência em que ela; parecia atirar-se ao chão. E repito: “sempre em sua frente e de forma a expor-lhe o máximo dos fundilhos generosos...”.
           O pomposo presente dividiu seus olhos: um grudou-se no tecido que o embrulhava e o outro no texto em que tentava tecê-lo. Tanta outras vezes vira aqueles fundilhos na vida (na verdade bem mais que os fundilhos), mas nunca com olhares que, de tão impetuosos, pareciam querer arrancar-lhe os olhos das órbitas. Chegado às letras, buscava tecer no papel, linha a linha, a emoção instigada por cada fio daquele tecido íntimo, mas sua inabilidade literária contrastava com a habilidade das tecelãs da calcinha tão bem tecida, fazendo-o tecer textos ignorantes que nem de longe vislumbravam os mistérios que o embrulhinho escondia. Também Pudera! Como escrever sobre o que não conhecia: tecer sobre mistérios guardados por tecidos invioláveis? Nos tempos em que dividiam a mesma bacia-de-banho [na casa da mãe dela (que era sua madrinha)], havia bem menos volume entre aquelas pernas: também menos complexidade em sua vida. O que mais lhe chamava a atenção eram as diferenças das partes que ainda não lhes eram íntimas. Trocavam, curiosos, manuseios nas respectivas partes diferenciadas, mas por uma questão lúdico-anatômica, ela brincava mais com seu brinquedo do que ele com o dela...

4 comentários:

Unknown disse...

Aeee painho ... muito bem.... finalmente vai sair hein..... nooosssaa muito bacana, gostei mesmo, apesar que não da pra ter muita noção da história só com esse trechinho, tem é que ler o livro todo.... e com certeza eu quero ler e aliás o meu tem que ser autografado hein... porque depois que ficar famoso já viu né...aí vou ter que ir numa noite do autógrafos pra pegar um e é melhor já garantir o meu....hehe.
Parabéns painho.... vc é deslumbrante!!!!! Bjos.....

Anônimo disse...

E aí meu caro Lumonê.
Vá em frente, sei que tu tens talento.
Precisamos de autores que fazem a crítica desse nosso cotidiano. Do trabalho, das relações interpessoais, da vida.
Ando meio ausente da usina, mas os amigos que fiz lá são sempre lembrados.
Sucesso, e quando estiver com a edição na rua, gostaria de adquirir um exemplar.
Abraços

Athos.

Mozzambani disse...

Nayara e Athos!
Agradeço pelos comentários animadores...
Será uma honra tê-los como leitores!
Abraços!

Penfield Espinosa disse...

Vôo mais alto

Prezado Lumonê,

vejo q neste texto vc está deixando a coloquialidade e o humor q eram marcas dos textos q havia lido, para um estilo mais literário, q reflete sobre seu próprio fazer.

acho muito interessante e, como disse sua amiga Nayara, seria interessante ver como esta pequena parte se junta com o restante do livro.

boa sorte,
Penfield

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